c Trambolhão: novembro 2008

sexta-feira, novembro 28, 2008

Ter a coragem do idiota,
O peito aberto do rufia,
O sorriso insaciável do ambicioso,
A mestria do pirata de corações,
A tatuagem a sangue frio do marinheiro orfão,
A solidão do artista criador,
Os ciúmes silenciosos do aprendiz observador,
A frustração do amante privado do corpo alheio.

segunda-feira, novembro 24, 2008

“Ensaio sobre a Cegueira”

Numa sociedade que atravessa tempos incertos e condições económicas adversas, os políticos portugueses, ao que parece inspirados pelo novo filme baseado na obra de José Saramago, adoptaram como principal função instalar a “cegueira” nos seus eleitores.

Em Portugal, a política não desperta paixões, ao invés sente-se o frio de um cinzento bocejar colectivo, que leva os principais políticos a abrigarem-se na sua cadeira do poder. É um rodopio de ministros a bater portas, um Primeiro-Ministro que se preocupa apenas com que os números batam certos, um Presidente da República que é uma sombra do que já foi no passado e uma oposição demasiado fragmentada.

Inatingíveis, a todos falta charme, confiança, ou até mesmo instinto fatal. Com um poder de sedução reduzido, a única esperança que encontram é instaurar uma cegueira colectiva, que feche os olhos às dificuldades económicas e sociais que sente e aceite que a culpa é somente da “crise”.

Um Obama à portuguesa se calhar trazia algum dinamismo à cena. Era preciso ver multidões em volta do Marquês de Pombal, não porque o seu clube de futebol ganhou, mas sim a festejar o resultado das eleições. Mas para isso acontecer era necessário acreditar e ver. Não é com eleitores cegos e iludidos que se consegue alguma coisa.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Aqueles braços no ar estendidos que pedem um abraço.
Fazem um t.
Como uma hélice de um coração abandonado.
Quantas vezes te pedi para respirares sem medo?
Já gostas do bolo de chocolate preto e quase que trincas a última garfada.
Agora é a mim que me custa respirar.
Não consigo dizer mais nada.
Só olhar para a porta e esperar que possamos entrar.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Lá em cima está o tico. Cá em baixo está o teco. Não costumam andar juntos, porque senão começam à batatada. Tentei dar de comer uma vez aos dois e um comeu-me a mão. Porque estava a ser amiguinha do outro.

quarta-feira, novembro 05, 2008

YES WE CAN!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Estou contente:)