sem titulo
No dia em que me senti mais perdida,Olhei para o relógio e estava sem pulso.
No redor só havia mato grosso, sem Ney para me salvar.
No dia em que me senti mais segura, quebrei o serviço da minha sala de jantar,
E declarei guerra aos meus cozinhados imperfeitos.
No dia em que mais sorri, adormeci com lágrimas nos olhos pela morte do meu Bonsai.
Mas foi quando me senti mais impaciente, que troquei os sapatos pelas sandálias cor de feltro,
E me fiz à boleia.
Dum trajecto impossível, que me prometera a mim mesma não finalizar, para não finalizar a minha vida.
6 Comments:
Brilhante! Adoro os teus textos!
Chapéu de chuva amarelo
chapéu de chuva amarelo, quem és tu?:))
Agnes, é tão bom ler as tuas palavrinhas, tão simples, como tu, tão serenas e tão caídas a um acaso sem acaso. Distraídas... como tu. Beijinhos e saudades!
Beijinho enooooooooorme inêzita. Miss you.
P.S.-acabaste por não ligar no outro dia que querias saber não sei o quê das aulas de cidadania... sua toininhas:) continua a escrever, escreve mais mais mais...
Olha, a Graçinha também te chama Agnes como eu eheh
Já sabes que está óptimo Inês, não tenho de repetir.
Bjs,
Chapéu de chuva laranja
Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
Sonhei que ela corava
Quando me via
Sonhei que ao meio-dia
Havia intenso luar
E o povo se embevecia
Se empetecava João
Se emperiquitava Maria
Doentes do coração
Dançavam na enfermaria
E a beleza não fenecia
Belo e sereno era o som
Que lá no morro se ouvia
Eu sei que o sonho era bom
Porque ela sorria
Até quando chovia
Guris inertes no chão
Falavam de astronomia
E me jurava o diabo
Que Deus existia
De mão em mão o ladrão
Relógios distribuía
E a policía já não batia
De noite raiava o sol
Que todo mundo aplaudia
Maconha só se comprava
Na tabacaria
Drogas na drogaria
Um passarinho espanhol
Cantava esta melodia
E com sotaque esta letra
De sua autoria
Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
E por sonhar o impossível, ai
Sonhei que tu me querias
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