O vagabundo parou em frente das linhas do metro. Estava a escolher o destino diário para pousar as roupas. Que se tornam pesadas, manta por cima de manta, a adoçarem o chão porque passam, como pedaços de tecido rebordados com o sangue e suor diários que se acumulam nesta pele bem escondida.
Deixa-me fechar os olhos. Só por alguns minutos. Adormeceu em pé. Como uma estátua. Não cambaleava, só fechou os olhos o tempo suficiente para dormir. Algumas pessoas deixavam moedas. Que bela estátua. Porque está bem bonito este quadro passageiro. Parece que estamos nas Ramblas, pensam outros.
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Blog onde tudo cai aos trambolhões, ou seja, nada faz sentido e a coerência é nula.
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2 Comments:
Ao ver estas situações de pobreza de rua fico a pensar na condição humana, nesta sociedade cega que olha para o lado, e dá-me vontade de fazer voluntariado para levar um pequeno conforto a estas pessias uma vez por outra... Mas ainda não o fiz.
Mas o que escreveste é uma bela homenagem.
Bjinho
:-(
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