c Trambolhão: Little Heart

sábado, dezembro 02, 2006

Little Heart

Hoje estive a ver um documentário na televisão, que infelizmente não consegui ver do início ao fim por um lapso de distracção. Era interessante, mas fiquei a pensar sobre o dizia. Mostravam pessoas que tinham sido submetidas a um transplante de coração, por diversas razões. E qual não foi o meu espanto, quando referiam que sentiam mudanças na sua personalidade, nos seus gostos, na sua maneira de ser, que se tornaram idênticas às das pessoas que lhes doaram o respectivo orgão. Senão me engano, um dos testemunhos era de um senhor que era um homem de negócios e que passou a gostar mais de actividades radicais, semelhantes aos gosto que o seu dador tinha. E os exemplos multiplicavam-se, desde pessoas que se tinham tornado mais poéticas, mais sensíveis, mais aventureiras, entre outros.
Referiam mesmo que sentiam ser duas pessoas, sentiam que tinham de tomar conta do outro que vivia por baixo delas, e que integravam por isso duas mentalidades distintas.
O que os cientistas referem é que entre 5-10% dos doentes sentem mudanças de personalidade. Então o nosso coração é um orgão que emite memórias, sentimentos, emoções para o nosso cérebro? Afinal sempre tinham razão quando se diz que nos dói o coração, e que estamos mal de amores... O nosso amigo little heart não brinca, de facto, em serviço.

17 Comments:

At 1:37 da manhã, dezembro 03, 2006, Blogger Ana João said...

tenho pena de não ter visto o documentário...
mas é fascinante esse lado da questão...o coração não pulsa apenas então...

 
At 2:12 da manhã, dezembro 03, 2006, Blogger Patrícia Martins said...

Pois é Inezinha, o nosso little heart não se reduz apenas a um balãozinho que ora inspira ora expira. Ele dá-nos um pouco mais de trabalho em dias calmos, atrasa-nos em momentos de pontualidade, arranca-nos uma gargalhada na altura em que uma lágrima bate à porta, empurra-nos quando o que queríamos era não sair do lugar, pesa-nos a cabeça no momento em que nos encostamos à almofada, obriga-nos a falar quando o que realmente precisávamos era colocar tudo no papel...Tudo isto numa só vida, imagina viver através de dois corações, que carga de trabalhos interessante não?!
mana Patusca

 
At 7:02 da tarde, dezembro 03, 2006, Blogger Deeper said...

É a prova de que a ciência não explica tudo e que nós poetas e humanistas até temos uma certa razão. O coração produz memórias e emite sentimentos, e não é só metaforicamente. A subjectividade existe e eu fico muito contente quando 2+2 não são 4.

 
At 8:10 da tarde, dezembro 03, 2006, Blogger pedro said...

Por alguma razão o símbolo do amor é um coração. Afinal não é só uma manobra de marketing. O nosso corpo humano é ainda um perfeito desconhecido, mesmo com séculos de pesquisa e experiências, e penso que será assim para sempre. E os maiores enigmas são o cérebro e precisamente o coração.

Mas já que não o podemos entender, vamos é dar-lhe uso ;-)

Bj gd,

p

 
At 10:55 da tarde, dezembro 03, 2006, Blogger anDrEIA said...

Ontem à noite andava a fazer zapping e apanhei o dito documentário na SIC Notícias... Muito interessante! E um dos médicos entrevistados disse que encontrou alguns neurónios junto à zona do coração... isso pode explicar muita coisa! ;)

 
At 7:09 da tarde, dezembro 06, 2006, Anonymous Anónimo said...

E será que essas pessoas que receberam o transplante não se informaram/tomaram conhecimento sobre o dador? E será que numa experiência dramática de risco de morte elas não terão tendência a assimilar como suas, mesmo que insconscientemente, caracteristicas do dador?
Ora, românticos ...

 
At 2:48 da tarde, dezembro 13, 2006, Anonymous Anónimo said...

Sempre ouvi dizer que os homens também pensam com outra cabeça. ;) Por isso, se procurarem bem, de certeza que vão encontrar neurónios noutros sítios. :)

Não acho que seja boa ideia pensar com o coração. Cada macaco no seu galho.

Para mim, o coração é um relógio porque é ele que marca o passo. O cérebro e o coração são os dois grandes maestros: um dá as ordens e o outro dá o ritmo.

Deeper... Acho que estás enganada. Há poesia na ciência e vice-versa.

Ainda que a ciência não explique tudo, eu acredito que tudo pode ser explicado pela ciência.

E para mim, a função da poesia não é explicar mas antes descrever.

A poesia não precisa de se afirmar como a ciência.

É por isso que as teorias científicas que já não precisam de se afirmar, podem parecer poesia.

É empolgante pensar que compreendemos a natureza.

 
At 2:55 da tarde, dezembro 13, 2006, Anonymous Anónimo said...

Esqueci-me de dizer: EUREKA! Encontrei-te. Foi através das coisas boas da vida. ;) Vou juntar-te aos meus blogs. Espero que escrevas muito.

 
At 8:11 da tarde, dezembro 14, 2006, Blogger Inês said...

E Eu não te posso juntar oas meus blogs?Tens algum??:)

 
At 11:05 da tarde, dezembro 15, 2006, Anonymous Anónimo said...

Inês:

Como dizia o outro: "Tens de subir os padrõezinhos. Upa! Upa!"

Tu e os teus amigos escrevem todos muito bem. Demasiado bem.

Decerto que irias achar enfadonha a minha escrita fria, calculista, telegráfica... Vocês escrevem todos com muito sentimento. Por isso me dá tanto gozo lê-los. ;)

Fiquei muito impressionado com os vossos blogs e espero que aumente a número de "posts" por unidade de tempo. ;)

Qt a mim, em tempos escrevei para um blog. Era um blog sobre uma sala, no meio de um corredor, no último piso do mais sombrio dos departamentos de física. :)

Escrevi apenas umas poucas postas de pescada, fui expulso (:D) e entretanto o blog morreu. Pelo meio ainda escrevi uma "posta" que foi nomeada para "melhor posta do mês". :)

Mas não havia ninguém que escrevesse com sentimento e o blog morreu...

Temos de convencer o João. Ele tb deve ter jeito para isto.

 
At 9:59 da tarde, dezembro 18, 2006, Blogger Inês said...

Pois, mas eu não acredito que tu não consigas escrever com sentimento, porque me pareceste uma pessoa bastante sensível:) É tudo uma questão de confiares na tua escrita e embalares o pulso ao ritmo da caneta, ou melhor dizendo, do teclado....
eu já disse ao João para ele criar um blog, esperemos que não hesite!
Um beijinho*

 
At 1:46 da tarde, dezembro 19, 2006, Anonymous Anónimo said...

Agora mataste-me. Sensível??!! O que vem a seguir? "És o meu melhor amigo" ou "gosto de ti como um irmão". :D Naaaaaaaaaaaaaaoooo!!! Eu bem me esforço para deixar transparecer a imagem de homem rude do campo. Viril. :D
Mas parece não estar a dar resultado. :(

Espero que a sensiblidade a que te referes seja do género que se manifesta, por exemplo, quando se pede licença na hora de mudar de canal para ver a bola!!!

Isso sim, é um homem sensível! :D

Vou ver se encontro o ritmo da caneta e/ou teclado. ;) Gracias

 
At 3:09 da tarde, dezembro 24, 2006, Anonymous Anónimo said...

Feliz Natal! Estou a dizê-lo em voz alta pq cheguei há pouco e estou no fim da fila enorme de homens que te admiram e adulam. :D

 
At 12:20 da tarde, dezembro 25, 2006, Blogger Inês said...

Agora fiquei sem jeito. Pois lamento desiludir-te, mas não existe nenhuma fila nem nada que se pareça. Podes dizê-lo baixinho ao pé de mim:)

 
At 10:11 da manhã, dezembro 26, 2006, Blogger pedro said...

Inês, para quando novos posts para deliciar aqui a malta?

Senhor dos mundos, toca a pôr cá para fora esses pensamentos, rudes, macios, feios, bonitos, o que quiseres. Se a Inês diz que sim é porque tem razão. Vá, não sejas tímidos eheh

Beijo grande Inês Trambolhona

 
At 5:25 da tarde, dezembro 26, 2006, Anonymous Anónimo said...

Já criei vários blogs. Só que são secretos.
João

 
At 3:02 da manhã, dezembro 28, 2006, Anonymous Anónimo said...

Não sei que blogues é que este outro João criou ou deixou de criar.

No meu caso só participei uma vez num, e pelo menos no imediato não tenho qualquer vontade de criar nenhum.

Mas gosto de ler alguns de vez em quando, como aqui o da Inês.

 

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