O meu país
Rosas de rios,Verdes de ventos,
Terras estendidas,
Pescoços esticados,
A olhar em frente,
Para as ondas azuis desconhecidas.
Num território inquieto, sem dono e com irmãos forçados,
As bengalas são esquecidas,
As gentes esforçadas despertam a madrugada,
Enquanto os campos dormem em silêncio,
A cidade abre goelas,
E chora como uma criança perdida,
Que se perde na multidão.
Pragueja-se aqui um certo desamor,
O paladar não reconhece o vinho da aldeia,
As mãos apertam com força o colarinho da justiça,
As vitórias tropeçam nas escadarias do poder.
Mas os cordões estão soltos,
Libertaram-se as músicas,
Multiplicaram-se os poetas,
Os múrmurios rezam em liberdade.