Trambolhão
quinta-feira, março 26, 2009
quarta-feira, março 18, 2009
Tenho medo de me tornar banal,
E de que as minhas frases soem a feitas frases.
Tenho medo que o tempo se torne o meu tema favorito,
E as correntes do ar levem o meu auditório a bocejar desenvergonhadamente.
Tenho inclusivé medo de quem nem os papagaios me imitem solenemente.
Tenho medo de me tornar banal,
Por isso deixo que os outros falem por mim.
Deixo que eles se ouçam a si próprios, enquanto eu apenas abano a cabeça.
Terminado o monólogo, normalmente dizem-me "gostei de conversar contigo."
E eu abano a cabeça uma última vez.
E sorrio, sem pronunciar palavra.
E de que as minhas frases soem a feitas frases.
Tenho medo que o tempo se torne o meu tema favorito,
E as correntes do ar levem o meu auditório a bocejar desenvergonhadamente.
Tenho inclusivé medo de quem nem os papagaios me imitem solenemente.
Tenho medo de me tornar banal,
Por isso deixo que os outros falem por mim.
Deixo que eles se ouçam a si próprios, enquanto eu apenas abano a cabeça.
Terminado o monólogo, normalmente dizem-me "gostei de conversar contigo."
E eu abano a cabeça uma última vez.
E sorrio, sem pronunciar palavra.
terça-feira, março 03, 2009
Gosto de sentir as lágrimas a deslizar pelas minhas pestanas,
De passar os dedos por elas e torcê-las,
Dobrá-las, trocar-lhes as voltas,arrancá-las.
A última lágrima escorre pelo meu nariz, dobra a minha face, curva os meus lábios,
Entra na minha boca,
Desce pela minha traqueia,
Penetra nos meus músculos,
Para enrijecer a minha carne,
E torná-la salgada e seca, como a pele curtida ao sol no verão.
De passar os dedos por elas e torcê-las,
Dobrá-las, trocar-lhes as voltas,arrancá-las.
A última lágrima escorre pelo meu nariz, dobra a minha face, curva os meus lábios,
Entra na minha boca,
Desce pela minha traqueia,
Penetra nos meus músculos,
Para enrijecer a minha carne,
E torná-la salgada e seca, como a pele curtida ao sol no verão.